Olimpíada Brasileira de Linguística
As olimpíadas de linguística nasceram como irmãs mais novas das olimpíadas de matemática, física, química e astronomia. Foi nos anos 1960, em Moscou, que linguistas como Andrei Zalizniak e Alfred Jurinski começaram a compor problemas para jovens de ensino médio, a partir da premissa de que era possível decifrar padrões de diferentes línguas sem que o resolvedor precisasse conhecer as línguas ou dominar conhecimento técnico da linguística – razão pela qual esses problemas ficaram conhecidos como autossuficientes.
A primeira Olimpíada de Linguística de Moscou aconteceu em 1965. Nas décadas seguintes, outras cidades e países desenvolveram modelos parecidos. Quatro décadas depois, o intercâmbio entre as olimpíadas russa e búlgara gerou, em 2003, a Olimpíada Internacional de Linguística, que hoje conta com cerca de 50 países participantes (uma lista mais completa se encontra em Olimpíadas de Outros Países.
O Brasil entrou nesse circuito em 2011, com a primeira edição da OBL. Desde então, ela acontece anualmente, unindo a interdisciplinaridade natural da linguística e a metodologia ativa dos problemas, introduzindo participantes de todas as partes do país a temas envolvendo línguas, linguagem, códigos, cultura e cognição humanas.